sábado, 8 de setembro de 2018

Todos os meus gestos esperam que os vejas.
A fugacidade de toda a existência faz-me querer desejar-te mais.
O saber que vou desaparecer, que serei um dia pó, suscita-me uma tremenda vontade de beijar todos os poros das tuas costas. O teu mundo dá-me mais sede que a própria vida.
Procuro sensações que me vão destruir, no teu corpo, no teu cabelo, no teu cheiro.
Mas tu não existes.
O teu silêncio dói-me mais que vidro nos meus pés.
Voo, por entre linhas, em busca de um eu.
Um eu que não existe.