domingo, 31 de janeiro de 2016

Como reagir a "As Sufragistas"

Lágrimas. Muitas lágrimas e muita admiração. Para quem não sabe, as Sufragistas foram um grupo de mulheres britânicas que se juntaram para lutar pelo direito ao voto, nos inícios do século XX. Nessa altura, as mulheres começavam a trabalhar demasiado cedo, excessivas horas, e ganhavam muito menos que os homens, e não tinham direito ao voto, nem as suas vozes eram ouvidas. Esta história verídica inspirou este filme que é magnífico, que revela uma força imensa que essas mulheres tiveram e que, de certa forma, permitiram que o mundo de hoje seja mais justo para as mulheres.

O filme deixou-me com muita força, porque apesar de viver num país em que os direitos são iguais para ambos os géneros, ainda há desigualdades e ainda há países em que as mulheres ainda não tem uma voz. Espero que este filme inspire muitas pessoas e que abra a cabeça àqueles que consideram que os homens são superiores às mulheres (o que é simplesmente ridículo). A desculpa da mulher ser mais emocional, de ter mudanças de humor ou ser "mais complicada", são desculpas mesmo esfarrapadas e que caem no ridículo! A mulher é tão forte e racional como um homem. Somos seres humanos, somos todos iguais. Que sejamos todos sufragistas, e feministas. Continuemos esta luta por um mundo igual e pacífico.


sábado, 30 de janeiro de 2016

Em Processo


O que fazer quando se passa um dia inteiro em casa? Pintar, claramente. Ainda a ser feito...





Vamos ter um filho?

-Maria, já pensaste em termos um filho?
-Um filho, Tó? Estás doido?
-Porque não? Ambos trabalhamos, temos uma casa. Gostava muito que tivéssemos um filho, Maria, a sério.
-Vamos demorar 40 anos a pagar a casa. Eu ganho 800 euros por mês e tu 750. Não temos dinheiro para sustentar uma criança. E eu tenho vinte e sete anos, não quero já um filho, Tenho tanta coisa para fazer ainda.
-E não o podes fazer com uma criança?
-Tó, eu não quero. Pensa bem, dormir duas horas por dia, ouvi-lo a chorar constantemente, comprar brinquedos, que são um balúrdio! Não, não, não. Não estou preparada.
-Não estar preparada é diferente, Maria. Eu não me importo de acordar às 4 da manhã para o ir embalar porque o vou amar incondicionalmente. Como te amo a ti. Maria, seria o nosso fruto, o fruto do nosso amor.
-Isso é tudo muito bonito, António, mas é um fruto que dá muito trabalho. Já pensaste no que é criar um ser humano? É um novo universo na nossa casa.
-Mas é um universo que é a mistura dos nossos universos. Eras tu e eu, fundidos num só. Oh Maria, é tão bonito, por favor. Quero ter um filho teu, e meu,
-Tó, eu amo-te, sabes disso, mas eu não estou preparada para ter um bebé a sair dentro de mim, e ter de cuidar conta dele se nem de mim sem cuidar! E, além, disso, já pensaste no resto? Vamos ter dinheiro para lhe pagar a faculdade? E dinheiro para o dentista? Se ele precisar de aparelho onde vamos arranjar milhares para isso?! E se ele for gay? Vais aceitá-lo? Ou -la! E se quiser ser pintor? Vais aceitar essa profissão? Temos de pensar nisso tudo. Ter um filho não é tão poético como parece.
-Claro que é! Oh, Maria, quero lá saber se ele é gay! Fazemos outro para nos dar netos. Eu vendo os meus quadros para lhe pagar o aparelho. Se for pintor, vou amá-lo ainda mais, porque terá a coragem que eu nunca tive. Oh, Maria, amor, por favor. Ele seria tão lindo!
-Querias lá saber querias! Se ele aparecesse com um rapaz pela mão ficavas na boa? Sim, 'tou mesmo a ver Tó! Temos de ser realistas.
-Claro que ficava! Se ele for feliz, quero lá saber quem ele come! Fico triste por não me dar netos, mas olha!
-Ah ah ah, oh António! Pareces outro. Dá cá um beijo e cala-te. Quando tivermos trinta anos fazemos um filho tá bem?
-Já somos demasiado velhos aí, Maria.
-Não quero abdicar da minha juventude que me resta! Vá vá, já chega desta conversa.
-Fico muito triste com esse pensamento, mas se não estás pronta, olha, vou continuar a sonhar e a imaginá-lo com os teus olhos, o meu nariz, com o teu feitio, com o meu sentido de humor, com o teu andar, com os teus gestos, a pintar um quadro com os meus traços, a tocar piano com os teus dedos, e a sorrir como a minha mãe.

Ilustração Espontânea

Tenho muita dificuldade em desenhar rostos a olhar para cima. A perspetiva do rosto muda muito e atrofia a minha mão, esta não faz o que o meu cérebro quer e vê. Portanto, hoje decidi praticar . E como não me estava a apetecer demorar duas horas a desenhar (problema da grafite e de gostar de desenhos pormenorizados) decidi pegar na caneta de tinta da china e fazer uma pequena ilustração. E como estava a ouvir Pink Floyd, porque não uma legenda?





Montagens péssimas

Quando me encontro sem nada para fazer e agarro numas fotografias que tenho para aqui e vou brincar para o Photoshop: eis um resultado desses acontecimentos provenientes do meu aborrecimento. Espero que consigam lhe dar um título, porque eu não, pois acho que até ficou uma montagem interessante e com várias análises possíveis.





quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

Amour

"(...) because pain from missing you is better than no pain at all." Wasted Rita.




quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

Respirar o Campo

Neste post seguem-se umas fotografias que tirei quando fui ao Alentejo, na Páscoa de 2015, onde tive o prazer de ver o mais bonito pôr-de-sol que já presenciei, acompanhado por um reflexo magnífico na barragem do Alqueva. Selecionei estas de umas duzentas que tirei. Espero que o adorem como eu (eu mais porque o presenciei).




 
                               









Um Dia Vazio

Um dia vazio.
Parada.
Parada sem pensar.
Sem pensar e sem criar.
Vazia, eu toda vazia.
Eu, inerte ao movimento.
Não me mexi.
Não criei.
Não mudei.
Nada se alterou.
E eu, continuo aqui.
Fechada.
Parada.
Para que me servem as mãos
Se nada sei criar.
Para que me serve consciência
Se me sinto inconsciente.
O que sou?
Um corpo vácuo.
Um corpo apenas.
Que me fizeram à alma?
Foi-me sugada, arrancada.
Sumiu-se de mim.
E hoje estive parada. 
A olhar sem sentir,
Sem pensar.
Sem criar.
Para que servem os dias,
Se sou vazia.


terça-feira, 26 de janeiro de 2016

Debates interiores

Às vezes dou por mim a debater assuntos comigo mesma. Coisas, por vezes, insignificantes, mas que me passam pela cabeça, nem sei porquê. Nem sei onde vou buscar determinados pensamentos que me passam pela mente.

Mas, pediram-me para resumir a essência do ser humano somente numa palavra. Debati, pensei, matutei, bati com a cabeça, e só me passavam palavras básicas como medo, amor, amizade... Até que me veio uma epifania e apareceu-me a palavra solidão, com um grande atrelado atrás de si.

A solidão é um estado. Um estado inalterável, imutável, eterno na vida de cada ser humano. Nascemos sozinhos, vivemos sozinhos, morremos sozinhos. O ser humano é um ser solitário, individual, sempre o será. Mas o facto de sermos sozinhos por natureza, é diferente de nos sentirmos solitários. A companhia de outro ser humano serve apenas para nos sentirmos completos, minimamente felizes. Somos solidão, mas não devemos senti-la. Porque se a sentirmos, seremos tremendamente infelizes. Não sei se me estou a fazer entender.

Basicamente, nós construímos a nossa vida, o nosso futuro. A companhia e o amor dos outros seres humanos apenas serve como uma ajuda à nossa construção como indivíduos. Afinal, temos a necessidade de amar e sermos amados. "A felicidade só é real se partilhada". Ou seja, amamo-nos porque precisamos de ser felizes para dar significado a este vida solitária. Sentir a solidão é a maior das tristezas. A solidão é a morte. Uma coisa é ser, outra é sentir.

Um Quadro Espontâneo




domingo, 24 de janeiro de 2016

O Rapaz da Biblioteca

Passei a frequentar a biblioteca da faculdade às quintas-feiras devido ao rapaz que está duas horas mergulhado num caderno, sem largar a caneta, sem levantar a cabeça. Fui lá um dia à procura de um livro para o trabalho de História e reparei naquele corpo triste. Cabelo comprido, curvado sobre a mesa, com uma caneta na mão, a escrever num caderno barato, sem deixar a posição que considerei extremamente desconfortável. Não consegui ver a cor dos seus olhos, com o cabelo à frente, a olhar para baixo. Entre os livros, olhava-o. Não parava de escrever. O que estaria a escrever? Uma história? Um diário? Uma carta? Não sei, nunca saberei. Aquele rapaz tinha mistério escrito na testa. Uma testa tapada pelo cabelo quase preto e brilhante.

Agora, todas as quintas-feiras às cinco da tarde, vou para a biblioteca, ler livros. "Ler", entre aspas. Na verdade, leio uma página, e ficou meio minuto a observar o rapaz, que escreve, escreve. Que ser humano tão magnífico. Onde vai buscar tantas palavras, tanta criatividade. Se conseguisse falar, sentar-me-ia a seu lado, colocava a minha mão na página escrita e faria com que levantasse a cabeça e pudesse ver o brilho dos seus olhos e visionar um pouco a sua alma. Mas não, a minha timidez e insegurança não me permite tal coisa. Portanto, sento-me, a duas mesas de distância à sua frente, e observo-o. Talvez ainda nem tenha pressentido a minha presença, ali, todas as quintas-feiras. Uma presença que o ama sem o conhecer, que o quer abraçar e quer entendê-lo e dar mais do que as palavras lhe podem dar.

Já passaram dois meses destes encontros fantasiosos na minha cabeça. Eu continuo a sonhar. A sonhar que ele levanta a cabeça e me olha nos olhos e eu consiga finalmente ver a cor dos seus olhos, o seu brilho, compreendê-lo.

Uma Silhueta


Como já mencionei várias vezes, e vou continuar a repeti-lo, porque é uma continuidade na "minha arte", adoro desenhar o corpo humano. Prefiro o corpo feminino para desenhar, acho mais fácil e ao mesmo tempo mais complexo, mais poético que o corpo masculino. São ambos belos, mas tenho mais felicidade a abordar a silhueta feminina. E, quando não tenho inspiração, lá desenho um corpo e exploro o pincel e a tinta, como fiz nesta tela.


                          
                                                                           

sábado, 23 de janeiro de 2016

Sem Título (ainda)

Como também gosto muito de pintar e visto encontrar-me de férias, tenho andando a praticar esta maravilhosa arte. Decidi fazer um quadro. E digo, desde já, que me inspirei n'A Rapariga Dinamarquesa para o fazer. Sim, eu vi o filme e depois fui pintar, baseando-me um pouco nas figuras femininas que a Greta pintava.
Este quadro tem um pequeno pormenor e também tem uma análise figurativa, que não sei se o observador consegue notar. Não vou explicar as minhas intenções com este quadro, espero que o consigam analisar e compreendo-lo.
Ah, e tem título, mas se eu o expor, perde a sua "magia".

                          

                         

sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

Um Diálogo

-A felicidade não existe. Nós julgamos que sim, buscamo-la a vida inteira, mas ela não existe.
-Então porque a procuramos toda a vida?
-Já te disse, não ouves? Nós achamos que ela existe.
-Oh, eu acredito que sim.
-Porque acreditas que sim? Em que fundamentas? Já conheceste alguém feliz?
-Não sei. As pessoas não andam propriamente para aí a dizer que são felizes!
-Claro que não. A felicidade está nos atos.
-Uma pessoa não vai andar no meio da rua a sorrir do nada, ou a dançar, não é!
-E porque não? O que há de errado nisso?
-Não é algo que se veja, sei lá, é esquisito. É de loucos!
-É por esse pensamento que a felicidade não existe. Não podemos fazer o que queremos, apenas fazemos o que devemos, o que nos dizem para fazer. Somos fantoches, sem vontade própria. Numa agonia silenciosa.
-O que estás para aí a dizer? Estás maluco ou quê?
-Talvez esteja, ou somos todos. Enfim, ilude-te.
-Se a felicidade não existe, porque vivemos?
-Não estás a perguntar corretamente.
-Mas foi isso que afirmaste. Que a felicidade não existe.
-Talvez exista, mas é inconsciente. E nós não somos inconscientes, somos tremendamente lúcidos, questionamos tudo, logo, é impossível sermos felizes.
-Não estou a conseguir seguir o teu raciocínio.... E se amares alguém loucamente e fores correspondido de igual forma? Ou fazeres o que adoras e viveres confortavelmente disso? E teres filhos e conseguires viajar. Isso não é felicidade? Afinal, é o que procuramos todos, uma vida, uma família. Logo, é felicidade.
-Aí é que enganas. Desde quando a rotina é felicidade? E dar a minha vida a outros? Não. Não vou ser feliz por formar uma família e ter um bom emprego. Essa é a mais triste das tristezas. Conformar-me a uma vida confortável. Isso é que é de loucos.
-Bateste com a cabeça nalgum lado só pode.
-Ou então batemos todos quando nascemos, porque estamos tão iludidos. Formatam-nos o cérebro durante 12 anos, tenho de me matar a estudar na faculdade, depois casar. Não vejo nada de feliz aí.
-Mas, outra coisa que disseste à bocado...se a felicidade é inconsciente nunca nos apercebemos que somos felizes...
-Pois não. Mas tu sabes que foste feliz, em criança, não sabes? Porque as pequenas coisas, a quebra da rotina, rir sem razão, era a felicidade. E pode ser, se não tivermos obrigações e deveres. Se formos verdadeiramente livres, podemos ser felizes. Eu só queria ser livre.
-'Tás doido. Anda mas é comer e deixa-te de paneleirices e filosofias inúteis.

Expressar o Inexpressável: A Maldição de ser INFJ

Existem 16 diferentes personalidades que caracterizam, de um modo geral, os seres humanos, inserindo-os em 4 categorias: como recebemos energia (Extrovert, Introvert ), como lidamos com a informação (Intuitive, Observant), como tomamos decisões (Feeling, Thinking), e como organizamos a nossa vida (Prospecting, Judging). Para descobrirem o vosso type, façam o teste neste link:  http://www.16personalities.com/free-personality-test

Estudei bastante isto, para saber se é verosímil e de confiança, ou se é apenas daqueles testes da treta que há na Internet. Mas de facto, é muito interessante e muito verdadeiro, pelo menos, o resultado que me deu até me emocionou por ser "tão eu". E, se se sentem incompreendidos, façam.

Aquelas palavras referidas no primeiro parágrafo são as que originam os tais types. I-Introvert. E-Extrovert, N-Intuitive, O-Observant, F-Feeling, T-Thinking, P-Prospecting, J-Judging. A imagem seguinte talvez explique estas palavras melhor que eu:

                                                                                       

Como podem ver, INFJ é o pior type de todos e obviamente, é o meu. E como lidar com isto? Não é possível. Se gostava de ser outro ser? Oh, adorava. Ser INFJ é uma maldição. Mas claro, os INFJ's não são iguais. Há uns menos introvertidos que outros, e vice versa, mas, no geral, é horrível, pelo menos, o meu INFJ é muito agressivo. É um sofrimento diariamente. Desde que soube que sou INFJ que me sinto melhor, é verdade, fui mais ou menos compreendida.

Os INFJ's são os incompreendidos, os sensíveis, os que aparentam confiantes, extrovertidos, mas na verdade, os inseguros e solitários e tristes com a vida. E o pior defeito? Acharem que têm razão em TUDO, e acharem ser superiores. E serem extremamente sensíveis e sentimentais.


Então qual é o type ideal? Bem, isso depende da opinião de cada um. Na minha opinião, um Introvertido é mais interessante que um Extrovertido, porquê? Porque sabe estar sozinho e gosta de estar sozinho, explorando as suas capacidades e interesses. Mas sê-lo não é bom. Não conseguir expressar-me, estar descontraída perante um grupo de pessoas, é odiável. Afasto as pessoas sem dar conta. Porquê? Porque fujo. Fujo das pessoas, das palavras, de encontros. Simplesmente, não consigo lidar com outros seres humanos. Mas adoro-os. O ser humano é tão complexo, um pequeno universo, mas ao mesmo tempo tão temível. Enfim. Continuando, os Intuitivos são mais sensíveis e atenciosos que os Observadores. Os observadores são aqueles que acreditam somente na razão e na informação. Os Intuitivos seguem-se pelas suas intuições, sentimentos, emoções e nas suas opiniões. O que é de facto mais interessante. Ser Feeling, é detestável e uma maldição assombrante. Ser sentimental em tudo é mau. Muito mau. Há situações boas claro, na vida pessoal ser uma pessoa Feeling é excelente, são pessoas mais sensíveis, amigas, ouvintes, pressentem a tristeza e são os melhores amigos. Mas na vida profissional? Levam as críticas, os insultos e tomam as decisões de acordo com os seus sentimentos e, frequentemente, com os sentimentos dos outros. Já o Thinking é o racional, segue-se pela lógica, pelo cérebro. É melhor, talvez? Mas isso significa frieza? Os Thinking que eu conheço são um pouco frios e insensíveis, seguem-se pela lógica, desvalorizando os seus sentimentos e os dos outros, mas provocará isso sofrimento? Não sei, não sei o que é ser Thinking. Honestamente, toda eu sou sentimentos e emoções e lágrimas, portanto não vou estar aí a inventar coisas! Os Prospecting são as pessoas que mais me enervam, claramente. São os espontâneos, os desorganizados, os não-pontuais e os "estou-me nas tintas". Maior parte dos meus amigos são P, o que me faz esperar sempre por eles quando combinamos alguma coisa. Ou fazem noitadas a estudar e a fazer trabalhos porque não se organizam. São uns chatos. O Judging têm um lugar especial no meu coração, porque organizam-se e chegam a horas e não me fazem esperar eternidades por eles. Mas graças ao meu prazer pela leitura, esperar não é tão infernal, porque tenho livros que me acompanham nesses momentos de solidão.

Agora que já expliquei um pouco sobre as personalidades, vou falar sobre a mais rara de todas, a minha (infelizmente) e talvez também a tua. INFJ (Introvert, Intuitive, Feeling e Judging).
Nas frases seguintes podem ver as principais características de um INFJ.
Eu quase que chorei a ler estas frases. Porque a minha pessoa está resumida aí.


                                                       
                                                            
Um INFJ é aquele extremamente sensível, que pode alterar a sua vida para fazer alguém feliz, mas depois fica na merda (desculpem a expressão). Têm a mania que têm razão em tudo e acham-se superiores (por exemplo, se não sabes quem é o George Orwell, provavelmente viro-te as costas), o que são dois defeitos que me repugnam. E claro, introvertidos e mostram-se enjoados e frios em tudo, mas depois são boas pessoas e choram a ver o Notebook. Ficam entusiasmados com algo durante dois minutos e depois cansam-se. Imaginação muito fértil, mas inútil, porque demasiado preguiçosos para realizar seja o que for (depende do INFJ, o Hitler era INFJ e quase que criou um império e exterminou 6 milhões judeus europeus). Dificuldade em expressar-se (100% a minha pessoa).
Podia escrever um livro sobre ser INFJ (provavelmente 87% do livro seria invenção, tudo da minha imaginação e seria inspirado nas minha personalidade e todos os INFJ's são diferentes). E não sou propriamente estudante da complexidade do ser humano (o que até gostava, acho a mente do ser humano fascinante).

quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

Desenhos Madrugadores

Quase uma da manhã do dia 22 de Janeiro, estou a ver Orgulho e Preconceito pela 6ºvez, curando-me depois de ver Atonement (lágrimas e mais lágrimas) e, enquanto vejo esses maravilhosos filmes, faço desenhos sem conceitos, sem fundamentos. Acho que os faço para não ser uma total perda de tempo. Sim, ver filmes ocupa demasiado tempo e preciso de fazer algo enquanto os vejo, senão sinto-me uma inútil (como quase sempre, mas enfim). E esta madrugada, sem chuva, infelizmente, adoro ouvir a chuva enquanto "trabalho" ou leio. Ah sim, ler a ouvir a chuva é quase tão bom como ler num jardim ao som de música clássica! Ocupando-me tanto com livros, filmes e criações, estou a tornar-me numa anti-pessoas. Enfim. Abaixo seguem-se os tais desenhos sem sentido, que talvez consigam dar-lhe um. Imaginem algo. Lamento desde já a péssima qualidade das fotografias. De noite, nem a minha máquina fotográfica faz milagres.


Uma Ilustração aka Autorretrato?

Decidi fazer uma ilustração oficial, algo mais "abonecado". Os meus desenhos e pinturas tendem a ser realistas, como já mencionei, gosto muito de explorar os pormenores e os detalhes do que me rodeia. Depois de viajar um pouco pelo Pinterest e por ilustradores conhecidos e lá fiz uma ilustração mais infantil. E tornei-a num autorretrato, talvez.



quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

Uma História

Acordo novamente vazia, com este vácuo no peito, sem sentir absolutamente nada. O meu pai pergunta-me como estou e não se cala e não o oiço. Pai, por favor, deixa-me em paz. Eu não oiço nada, nada me interessa. Esse som que te sai pela boca é como gritos inaudíveis. Vou tomar banho. As minhas lágrimas inexistentes misturam-se com a água que sai do chuveiro. Imaginação minha. Encontro-me nua, mas nada vulnerável. Como disse, nada sinto. Se alguém me abraçasse no momento, os meus poros não reagiriam ao encontro de pele com pele, e o meu sangue não aceleraria pelo meu corpo, nem o meu coração dava uns batimentos extras. Simplesmente, conformei-me à minha existência e inutilidade, deixando-me andar e observar, mas sem nada sentir, porque o meu físico, o meu psicológica, a minha imaginação, morreram em mim. Toda eu transfiro morte e tristeza. Não te aproximes de mim. Não me toques. Eu não sei sentir. Não sei viver. Não sei ser um simples humano e fazer o que tenho a fazer, o meu propósito de existência, Portanto deixem-me em paz. Deixem-me somente existir e chorar sem chorar.

Sangue nas minhas Veias

Conformei-me com a solidão.
Aprendi apenas a ouvir somente
O meu sangue,
Circulando pelas minhas veias.
Este vácuo do meu coração,
Imutável a esta solidão

Não me mexo mais.
Não consigo.
Parei e não me levanto mais,
As minhas pernas não movem.
Oh! Como é horrível apenas sobreviver
Oh Sangue, não circules
Não vale a pena,
Peço-te.
Desiste do meu corpo inútil
Este corpo que ocupa tanto espaço neste mundo.
A minha existência repugna-se,
Peço-te, sangue,
Não circules em mim,
Porque eu já desisti de mim há tanto tempo.

terça-feira, 19 de janeiro de 2016

Somos somente linhas

Vou iniciar um novo projeto: Somos somente linhas. Neste projeto vou explorar a linha, algo que sempre detestei, acho que deixava os desenhos tão vazios, mas agora estou a apaixonar-me por ilustração e novas maneiras de expressar e a linha é fundamental. Como adoro o corpo humano, vou explorar este apenas com linha. Segue-se alguns estudos que já realizei com a mão. A mão é o membro mais complicado de desenhar e expressar em papel, a mão é muito complexa e muito expressiva! Mas adoro, as mãos são sem dúvida o que temos de mais bonito no nosso corpo. Bem, e os olhos claro. O corpo humano é todo em si maravilhoso e belo, mas as mãos são mágicas, não sei. Já tenho vários desenhos de linha e corpo humano, mas apenas irei expô-los quando terminar o projeto. Espero que vos agrade.



                                

domingo, 17 de janeiro de 2016

Essa música que era só nossa


Oh meu piano, estás a apanhar pó. Há muito que os meus dedos estão ferrugentos e lentos, já não o que eram. Lembraste, meu piano? Como eu tocava Chopin e Mozart? Lembraste daquela parte da Marcha Turca, que eu tocava tantas vezes que até desligavas, estavas tão farto, eu sei, desculpa, eu gostava tanto de te tocar, mas tocava com tanta força que fiquei cheia de tendinites e tu com teclas doridas. Oh meu piano, desculpa desculpa, sentes a minha falta? Eu sinto a tua. Mas eu acho que não sentes a minha. Fiz-te sofrer tanto. Viste-me chorar e a tocar com raiva, aleijei-te não foi? Oh meu amor, desculpa, agora sempre que te toco, foges. Os meus dedos já não te fazem sentir nada, já não és o que eras, o teu som está tão distinto, oh meu querido, que saudades. Mas continuo a amar-te tanto, como da primeira vez que te vi e da primeira vez que te toquei. Fiquei tão feliz quando vieste cá para casa, eras só meu, só meu! E eu toquei-te tanto, entrelacei tanto as tuas teclas, brancas e pretas, todas estiveram nos meus dedos. E agora estás aí, silencioso, quieto. Há tanto que não vejo as tuas lindas teclas, teclas que eu tão bem conheço. O amor dói tanto! Ai meu piano, meu amor, meu bem, o teu silêncio é a minha maior dor. Volta, amor, volta. Volta a cantar, a sonhar, esses teus sonhos só meus, essa minha música que era só tua.




Orgulho e Preconceito: Um Clássico com razão para ser considerado Clássico

Há já algum tempo que estou a ler Orgulho e Preconceito de Jane Austen, mas em inglês (estava a 3 euros na Fnac, não resisti) e como era uma história que há muito que queria ler, arrisquei! NÃO O FAÇAM! Ler Clássicos da Literatura em inglês é um erro, só se forem peritos na língua. Eu não tenho dificuldades no inglês, mas Orgulho e Preconceito é um romance do género Os Maias, portanto, leitura complicada que exige muita atenção e persistência. Ler é das minhas maiores paixões, aliás, o meu objetivo é ler 50 livros este ano (estabelecido no GoodReads!).

Devido à leitura complicada, eu não estava a perceber nada da história, só sei que adorava a Elizabeth Bennet por ser uma visionária e muito avançada para a sua época, mas não sabia quem eram 80% das personagens! E como ontem, 16 de Janeiro, o filme passou na RTP1, eu não consegui persistir, e sentei-me no sofá. Foi a melhor coisa que fiz esta semana, porque assim motivou-me muito para ler a história, porque esta é maravilhosa! Apaixonei-me por este romance maravilhoso!

A história passa-se no século XVIII, um século marcado pelas diferenças sociais e pelo preconceito. E não só, as mulheres tinham como obrigação casar, de modo a terem uma casa e reconhecimento social. Eu, com olhos do futuro, olho para uma sociedade fútil, que baseia-se nas primeiras impressões, que repugna alguém por não possuir um bom vestuário ou uma casa enorme e com mobília caríssima. Quer dizer, vendo bem, a nossa sociedade não mudou muito. Tudo se baseia na aparência. Apesar de que, no século XVIII, havia os ricos e os pobres. A família Bennett, uma família do campo, com pouco dinheiro, tinha como maior preocupação, casar as 5 filhas. A que se destaca destas cinco, é Elizabeth, que apenas quer casar por amor, e não tem receio de expor as suas opiniões, algo muito raro para a época, onde as mulheres deviam ser submissas e casar com quem os pais consentissem e quisessem. Este é dos primeiros livros com um feminismo muito leve, o que me fez adorar o filme (e meio-livro).

Choca-me como pessoas da minha geração não são feministas. Eu não me considero extremamente feminista e nem é um tema que aborde muito nas minhas conversas e discussões, mas é algo muito importante, porque ainda há desigualdade de género, e é algo que tem de ser combatido. Chateia-me profundamente o facto de ter medo de voltar para casa à noite com receio de ser assaltada e/ou violada. À cerca de dois meses, duas raparigas foram violadas perto de minha casa. Deixou-me muito receosa, porque isso aconteceu eram apenas 23h da noite, e às vezes chego tarde a casa. O feminismo não é estúpido nem idiota, é um pensamento que deve estar em todas as mentes. Respeitar o ser humano, independentemente da sua raça, sexo, crenças, orientação sexual, valores, etc. O ser humano deve ser livre, e não viver com receio. Ser mulher ainda é difícil. Estar mal humorada e ouvir "Deve estar com o período esta", não é correto. Andar na rua e ouvir "és toda boa, comia-te toda", é simplesmente grosseiro e nojento, uma falta de respeito. Sejam humanos e não olhem apenas para o vosso umbigo e respeitem quem está à vossa volta. Só assim esta sociedade poderá viver minimamente em paz.

Uau, supreendo-me como salto de um romance histórico para um tema atual. Daí adorar literatura. Podemos relacionar cada livro a determinado assunto, acontecimento, momento...

O Rapto da Proserpina à Inesistente

 Como já disse num dos posts anteriores, o meu conjunto de cores favorito é rosa com azul, de qual resulta roxos e tons semelhantes. Estava um dia navegando na Internet e encontro um conjunto de fotografias do Rapto da Proserpina do Bernini e fiquei encantada, é uma estátua tão bela, tão bem esculpida, tão realista, não sei, não há palavras para tamanha obra! E decidi desenhá-lo, para praticar o meu traço a grafite. Começo pelas mãos e à medida que vou fazendo, penso que o corpo feminino deveria ser de outra cor e material. Lembrei-me logo das aguarelas azuis e rosas e ficou logo decidido! Demorei dois dias a fazer este "desenho" e tomei um enorme gosto em fazê-lo e terminá-lo!
As fotografias que decidi partilhar são as do processo e o resultado final, comparando com a obra original, que devem pesquisar e conhecer a sua história!


Processo


Original e À Inesistente