terça-feira, 26 de janeiro de 2016

Debates interiores

Às vezes dou por mim a debater assuntos comigo mesma. Coisas, por vezes, insignificantes, mas que me passam pela cabeça, nem sei porquê. Nem sei onde vou buscar determinados pensamentos que me passam pela mente.

Mas, pediram-me para resumir a essência do ser humano somente numa palavra. Debati, pensei, matutei, bati com a cabeça, e só me passavam palavras básicas como medo, amor, amizade... Até que me veio uma epifania e apareceu-me a palavra solidão, com um grande atrelado atrás de si.

A solidão é um estado. Um estado inalterável, imutável, eterno na vida de cada ser humano. Nascemos sozinhos, vivemos sozinhos, morremos sozinhos. O ser humano é um ser solitário, individual, sempre o será. Mas o facto de sermos sozinhos por natureza, é diferente de nos sentirmos solitários. A companhia de outro ser humano serve apenas para nos sentirmos completos, minimamente felizes. Somos solidão, mas não devemos senti-la. Porque se a sentirmos, seremos tremendamente infelizes. Não sei se me estou a fazer entender.

Basicamente, nós construímos a nossa vida, o nosso futuro. A companhia e o amor dos outros seres humanos apenas serve como uma ajuda à nossa construção como indivíduos. Afinal, temos a necessidade de amar e sermos amados. "A felicidade só é real se partilhada". Ou seja, amamo-nos porque precisamos de ser felizes para dar significado a este vida solitária. Sentir a solidão é a maior das tristezas. A solidão é a morte. Uma coisa é ser, outra é sentir.

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