Os bailarinos representaram tão bem o Inferno, a loucura, as heresias, tudo através do corpo, da mente. Na descrição do evento, mencionam que esta criação é baseada na cultura portuguesa, no medo do Inferno, medo da loucura, e foi realmente o que vi neste espetáculo: a loucura, a dor. Porém, vi poesia, vi amor, vi carinho. Foi o espetáculo mais estranho, mais fabuloso, mais místico, que eu já vi. Os bailarinos soltavam o seu corpo, a sua mente, como se os estivessem a abandonar, como se fossem meros instrumentos, que se mexiam, repletos de excitação.
Devo frisar que, ao início, estranhei imenso o método de representação e questionei-me, isto é Dança? Porque eles saltavam, estavam em convulsões, atiravam-se ao chão, e custou-me habituar a este tipo de Dança, e ao longo do espetáculo, fui amando cada corpo dos bailarinos, cada gesto, cada conceito que eles expressavam e foi magnífico. Aplaudi, sorri, senti tudo! Cada gesto, cada convulsão, cada som, cada cansaço, cada pingo de suor a sair pelos poros dos dançarinos. Foi uma bela performance.
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