A minha mãe diz que vou encontrar o amor dentro de uma livraria, feiras de livros ou num museu. Dei-lhe razão.
Porém, sozinha me encontro.
Enquanto passeava pelos corredores, com as paredes cheias de quadros, enquanto saltava a vista de quadro em quadro, deparei-me com os teus olhos, de um azul misterioso. Fujo e refugio-me nos quadros.
Agora só vejo os teus olhos nos rostos desenhados.
E procuro o teu reflexo nas jarras de prata.
E vejo-te pelos corredores, procuro-te pelos interstícios das colunas e das esculturas.
E, lentamente, vou esquecendo a cor exata do teu azul, a expressão serena do teu rosto, a curva do teu sorriso, o som da tua voz.
Eternamente um estranho, porém, um sentimento quente no coração por um breve segundo. Uma história que nunca começará. E alegra-me.
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