- no caminho para casa, há uma grade colada à calçada que me acompanha na caminhada. Por vezes, gosto de dedilhar os dedos na grade enquanto ando aqueles metros intermináveis, e sentir a dormência nas mãos, até não suportar.
-quando vou para o metro, ou para o comboio ou quando me distraio das palavras de um professor e olho para a janela, gosto de olhar intensamente para o céu, na esperança de encontrar uma irregularidade no azul.
-por vezes, tiro os olhos do meu livro para observar, mais uma vez, os prédios, os rostos, as árvores para lá da janela à procura de novidade.
-às vezes, sentada no comboio, imagino-me a pôr uma pequena navalha nas bochechas a pensar num sentimento novo, rodeada de aristocratas russos.
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