À beira da barragem, com os pés sobre misturas de areia, terra e flores e a mãozinha dela agarrada à minha, enquanto observávamos o belo Alqueva e as ilhotas que este tem dentro de si e o castelo lá ao fundo do tamanho da palma da mão dela.
Teresinha, este momento nunca se vai repetir. Nunca mais, minha querida.
Mas Inês, para o ano estamos cá outra vez. E tiramos uma foto também.
A foto não tem cheiro, não tem tacto. Cheiras as águas? Sentes a areia sobre os teus pés? A fotografia capta só uma imagem. Confia sempre é nos teus olhos. Sê sempre criança, Teresinha, não penses nas fotografias. Vive este momento. Agarra bem a minha mão, olha bem para a paisagem. Amanhã pode estar tudo diferente.
Pois é.
Oh Teresinha. Tomara eu ter 8 anos, ver tudo tão belo como tu vês.
Para o ano estamos cá outra vez.
Pois estamos. Estaremos sempre aqui, na nossa cabeça estamos sempre aqui, sobre este belo quadro. E 20 anos vão passar, e a tua mãozinha vai ser do tamanho da minha, mas podemos sempre voltar aqui.
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