Pequenos Prazeres da Rotina:
Quando saio à rua no pré-amanhecer, no qual o céu está da cor daquele azul, extremamente belo, calmo, sereno, acompanhado por uma frescura que não é fria, e tudo é silêncio. Não há carros a circular, não há pessoas a intimidarem-me, os sinais ainda estão intermitentes, e posso cantar a música que sai dos meus fones e posso dançar. Sou livre a esta hora.
No metro, a uma hora razoável, em que posso observar os rostos que nunca antes vira e através deles, imaginar as histórias que já passaram por eles. Conhecer as pessoas pela minha imaginação, que é, sem dúvida, muito mais fácil.
Um sorriso de um estranho, um gesto de ajuda, um peço desculpa atrapalhado, um obrigado sincero, um olhar. Gestos humanos, que me fazem sentir calor no peito.
O final de tarde, o sol a encadear-me os olhos, ver tudo de outra cor, ou escuridão. O calor na pele, o vento que faz com que os cabelos me ceguem, acompanhados pelo sol. Fechar os olhos e viajar.
Estar só. Somente só.
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