sábado, 20 de fevereiro de 2016

De uma Galáxia a Pó

Sou uma galáxia.
Ou talvez várias galáxias.
Que nascem em mim,
Algumas com buracos negros.
Cada órgão meu é um mundo.
Cada poro da minha pele é uma estrela.
As cicatrizes, estrelas cadentes.
As minhas mãos são dois pequenos sóis que
sustentam o meu ser.
O meu coração uma enorme lua.
Os meus pés são Vénus e Marte,
dois meu amores que me elevam todos os dias.
As minhas ancas são anéis de Saturno,
que dão beleza à minha frágil pessoa.

Ando lentamente.
Vénus para cá, Marte para lá.
E danço.
Como uma colisão de asteróides.
Sol contra Marte.
Anéis e buracos negros.
Uma enorme colisão.
Uma grande guerra de mundos.
Que afinal é apenas um conjunto de galáxias,
Que sou eu.

Por isso é que tenho medo de te amar.
Porque em mim são grandes irrespondíveis.
E em ti?
Irás travar as minhas guerras,
Ou irás matar galáxia por galáxia,
Tornando-me em pó?

Inesistente

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