Gostaria de conhecer melhor os teus olhos e saber de onde vem o seu brilho.
Gostaria de ouvir a tua voz pela noite dentro até o cansaço se apoderar de mim e tudo for o silêncio das nossas cordas vocais e música de respirações e batimentos.
Poderia fazer-te rir até te doer a barriga e abraçar-te durante esse breve momento de felicidade, antes das nossas almas se tornarem em pó.
Quero agarrar cada instante que te vejo, que te oiço, que te leio. Quero que ouças os soluços do meu desespero. Quero que me ampares das quedas da minha fraqueza. E me digas, num sussurro, quem somos, quem sou, quem és.
Apenas almas perdidas que gostam de se olhar nos olhos e falar da insignificância que somos e que seremos.
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