terça-feira, 17 de janeiro de 2017

Review: Brokeback Mountain

Ah e tal, o filme dos paneleiros. 
Não.
Um filme emocionalmente forte. Um filme que treme com todas as nossas paredes preconceituosas, as que ainda existem, infelizmente. 
Não sei, mas o filme mexeu bastante com a minha pessoa. A maneira como duas pessoas se amavam de tal maneira, um amor tão verdadeiro, mas tinham de se esconder e viveram sempre incompletos, com um vazio. É triste, porque é real. Ainda hoje acontece. Uma pessoa não poder ser ela própria, não poder ser feliz. 
O filme retrata perfeitamente esta realidade. Felizmente, caminhamos para uma sociedade mais tolerante. Tolerante nem é a palavra certa porque não há nada de errado em amar as pessoas, sejam de que sexo forem, mas enfim.
Dois homens que se apaixonam, mas que devem esconder esse amor, viverem a sua vida como deve ser, segundo a sociedade. Casam, têm filhos, põem uma máscara, fingem amores, fingem ser. Impedidos de se amarem. E se o fizerem, vivem com o medo dos olhares, dos julgamentos, das agressões. Porque o ser humano é estúpido ao ponto de julgar, violentar, matar alguém por esse amar, simplesmente. O amor, o sentimento mais puro e verdadeiro, o sentimento que une o ser humano! Enfim, transcende-me o facto da homossexualidade ainda não ser aceite, não consigo compreender. E os argumentos de não ser natural, pois não prolongam a espécie são inválidos, pois a homossexualidade sempre existiu. E o mais estapafúrdio é não ser aceite pela religião, ora, pensemos: se Deus é o criador de toda a existência, então criou a homossexualidade, não? 
Vamos amar-nos, vamos acabar com o ódio e com a intolerância. 
Demos as mãos, por favor.

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