Finalmente, conclui a minha existência:
Não sei viver.
Não sei viver, mãe.
Escondo-me nos lençóis,
Aqueço-me nas mil histórias
que os livros me contam.
Vejo os mesmos filmes,
repetidamente,
infinitamente.
Isto não é viver.
Eu não sinto.
Não sinto nada.
Apenas preencho este vazio
de não saber viver.
Só queria ter coragem
de agarrar uma mão que não a minha.
Só queria ter forças de soltar palavras,
mas tudo se me prende na garganta.
Os meus ossos são de vidro.
Pára, cérebro, pára!
Liberta-me!
Liberta-me deste peso de ser quem sou.
Larga-me de pensamentos, de complexos, de constrangimentos.
E deixa-me viver
segunda-feira, 18 de julho de 2016
Não sei viver
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