Vejo a vida a passar-me ao lado.
Passo horas infinitas sentada nesta cadeira.
Observo as centenas de caras que passam por este corredor, tão perto de mim, e imagino-me entre elas.
Imagino-me feliz, completa, ocupada. Imagino-me comum, banal, como eu tanto gostava de ser. Como eu gostava de estar entre esta multidão de gente, a fervilhar de pensamentos superficiais, a fugir da instropeção e auto-análise que este tempo morto me traz. Livrar-me deste estado permanente de constante estagnação perante a realidade em que vivo.
E as horas passam, os dias, as semanas, e nada muda.
Continuo aqui sentada, mergulhada em pensamentos,
impossíveis de me libertar.
Sem comentários:
Enviar um comentário