quarta-feira, 14 de dezembro de 2016

Ando exausta. Simplesmente cansada. Não tenho tempo para pensar, para desfrutar da minha presença. Enquanto escrevo isto, fervilho de matéria para um frequência, nem sei como o meu cérebro arranja palavras no meio da confusão em que se encontra.
Mas não consigo sentir nada.
Não sei quem sou.
Passo horas a olhar o vazio, em branco.
Porque não tenho tempo. Não consigo pensar em concreto no que me está a acontecer.
Tudo gira à volta do trabalho, da faculdade. E chego a casa, com dores nos pés, saturada fisicamente, que me tem matado aos poucos o meu psicológico.
E começo a sentir na pele a conformidade. Que diabo me foi atingir! A conformidade! Parar, estagnar, ficar aqui, não querer nada, não sentir nada.
Preciso de parar.
Preciso de me reencontrar.

Crescer é isto?
Abandonar o que sou? Fingir?

A minha criatividade morre aos poucos,
Não me morras.
Leva-me.

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