Um texto escrito há uns dias mas, como nos últimos tempos ligo o computador só para estudar, não tive oportunidade de o publicar:
Uma da manhã, quarta-feira, e tenho este desejo de me soltar destas quatro paredes sufocantes para o ruído dos meus pensamentos, e aconchegar-me no breu do céu, abraçar o frio da escuridão, observar a negridão do dia. Sempre gostei de me deitar e observar o céu, por vezes só preto, outras estrelado,a horas indecentes, onde só se houve silêncio, onde sou dona do tempo e do espaço. Não sei, foi sempre um aconchego para a minha pessoa. Sempre que tenho essa possibilidade, tento fazê-lo. Acampamentos são a melhor altura para o fazer. Preciso desse isolamento, de ficar a sós com a existência, com a dimensão desta, e confortar-me na inutilidade que sou, que não significo nada, que não sou nada. Isso conforta-me, aquece-me, neste frio gélido escuro.
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