domingo, 9 de julho de 2017
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Estranho como os lugares se tornam pessoas. Pessoas adoradas que caminham por cima de nós, sem o sabermos. Pisam-nos, vivendo em silêncio. Que triste a vida se torna quando as pessoas desaparecem, assim, por entre os dedos. E ainda nos dizem que é natural. A vida continua. Continua, pois, o sol não vai parar com a minha tristeza. Mas tudo existe ainda, no meu peito, na minha cabeça e sobretudo, nos sítios. Naquele sítio, à beira do rio, que se tornou ainda mais belo por ser nosso. Lembro-me dos cabelos a esvoaçar, o teu abraço quente, a proteger-me da brisa. Passaram-se assim horas, entre silêncios, beijos e palavras de amor. E um belo pôr-do-sol, em pleno Dezembro, o mais bonito, porque estava contigo. Mas não me dói mais. A dor acaba por desaparecer. É bom, passar pelos sítios e sorrir, porque as lágrimas já o tempo as levou, e tu também. Guarda as minhas lágrimas, e lembra-te que o amor também é tristeza. As promessas foram com o vento. Os abraços ficam nos nossos peitos. E o meu ser, a minha existência, há muito que a levaste. Agora, sou outra. O amor leva-nos.
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Love this, Inês!
ResponderEliminarL
Muito obrigada! :')
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