(não é da viagem a França)
Querida senhora que me pôs a sorrir quando a minha vontade era de gritar e chorar. Não lhe passará pela cabeça o quão o seu sorriso e olhar carinhoso me alegrou o dia. Pôs-me a pensar, senhora. Acordei feliz, a vida dá um pontapé em todas as minhas alegrias, para me deixar em lágrimas e em stress constante. E corro, e resolvo, e grito, e fecho a mão num punho e os olhos para guardar toda a raiva dentro de mim. Um fogo dentro de mim pronto a explodir. Perdendo a fé na humanidade, que a bondade escasseia nos corpos que encontro e eu queria mesmo abraçá-los e dizer-lhes que não estão sozinhos, que nos amamos todos. Não, não, nada disso. Espera, sofre, não me interessa. Até encontrar a senhora que pedia ajuda, sorriu, levou as mãos ao peito e olhou-me carinhosamente e agradeceu, genuinamente. Até me vieram lágrimas entre o sorriso. Há tanta beleza no mundo aí. Obrigada senhora, não esquecerei o seu rosto, os seus olhos azuis cheios de amor e incerteza e nunca saberá o quão feliz me deixou e me influenciou.
Bonito isto de nada sabermos que impacto temos nas pessoas. Achamos que somos apenas pó e as pessoas ouvem e esquecem todas as nossas palavras. As pessoas lembram-se. Como me posso esquecer de um sorriso que me fez sorrir também, numa altura que tudo fazia sentido?
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