Passeio por este caminho que me é tão familiar.
Tão familiar,
que já me desvio, sem olhar, da pedra solta da calçada, mesmo ao lado da primeira árvore, mesmo no cruzamento.
E mesmo na noite, decidi observar carinhosamente as árvores que se encontram no caminho e belas flores amarelas nasceram durante a minha ausência por estas ruas.
Parei.
Olhei.
Toquei.
Flores, minhas queridas. De um amarelo tão vivo e belo. Com alguns tons alaranjados.
Fiquei de peito cheio e com um sorriso que faz doer as bochechas.
Estas pequenas coisas que me preenchem a caixa torácica.
Depois lá tive de continuar o meu caminho.
Infelizmente, não há tempo para olhar e chorar pelas flores que só as vejo de vez em quando. Morrem no inverno e vejo-vos para o ano, minhas queridas.
Tudo morre, tudo nasce.
Mas as flores que observei não vão ser as mesmas que observarei para o ano.
O que morre, não volta.
Sentirei a vossa pedra.
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