terça-feira, 13 de junho de 2017

desde pequenina que dou cabo das unhas.
não consigo ter aquelas unhas compridas e brilhantes, e adorava. 
invejo as raparigas com as unhas tão bonitas.
mas não consigo.
curiosamente, durante um ano, tive as unhas bonitas e não as estragava.
e concluí, que foi um ano morto.
só dou cabo delas quando estou ansiosa, nervosa, ocupada, triste. e se não sinto isso, sinto o quê?
nervos e ânsia são o meu dia-a-dia.
quando oiço vozes novas,
quando a minha voz sobressai,
quando piso um novo chão.
o meu corpo arrepia-se e as minhas mãos não param quietas.
se eu tivesse outras mãos a que me agarrar,
olhos para olhar durante todo o tempo do mundo,
não me ocuparia das unhas.
Talvez. provavelmente não,
de tanta fervura no peito sentir.

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